Origem: Portugal
Função de origem: Guarda de propriedades e rebanhos.
História: À imagem do que acontece com a grande maioria dos molossos europeus, o Rafeiro Alentejano descende dos mastins tibetanos, que se espalharam por todo o continente asiático e que, posteriormente, chegaram à Europa pela mão dos Romanos. Utilizados inicialmente como cães de guerra, os molossos sofreram significativas alterações ao longo dos séculos, influenciadas pelas particularidades de cada região geográfica. Na Península Ibérica foram desenvolvidos como cães de pastoreio, para proteção dos rebanhos de potenciais predadores, como o lobo ibérico, e de ladrões. O êxodo rural aliado à desertificação do interior levou a que, durante os anos 70 e 80, o Rafeiro Alentejano estivesse perto da extinção.
Temperamento: Rústicos, imponentes, protetores, teimosos, pouco sociáveis se não houver adaptação precoce, independentes. Sendo teimosos, são difíceis de ensinar, e estão em constante alerta noturno. São pouco energéticos, calmos e afetuosos com a família.
Variedades da pelagem: Pêlo curto ou preferencialmente de meio comprimento; espesso, liso e denso, regularmente distribuído até aos espaços inter-digitais. De cor preta, lobeira, fulva ou amarela, tigradas ou não, sempre com marcas brancas; branco com marcas das cores precedentes.
Patologias: Obesidade, otites, displasia da anca e cotovelo.
Cuidados estéticos: Apesar de ter pelagem curta a média, não exige especial atenção. Deverá ser escovado na mudança de pelo, que acontece duas vezes por ano. Controlo básico dos parasitas, pois que é fácil que se escondam na pelagem compacta do Rafeiro. Quanto aos banhos, devem ser dados o mínimo de vezes possível para que a camada oleosa que protege a pele não seja removida.
Curiosidades: A pelagem desta raça confunde-se com a das ovelhas, permitindo-lhe integrar-se como elemento do rebanho, com quem cria uma relação de grande confiança e surpreende os intrusos que se aproximem.
Há quem defenda que os antepassados do Rafeiro do Alentejo foram levados pelos pescadores portugueses, durante os descobrimentos, para a ilha da Terra Nova, contribuindo para o desenvolvimento do (cão da) Terra Nova.
O rei Dom Carlos, tinha uma predileção pelo Rafeiro Alentejano, utilizando-o como cão de caça, quando estava em Vila Viçosa.
O nome “Rafeiro Alentejano” é utilizado desde o século XIX, mas apenas no século XX foi considerado como um cão de raça pura, o que não impediu que o nome pelo qual é conhecido continuasse o mesmo. O reconhecimento da raça pela Federação Cinológica Internacional (FCI), ocorrido em 1967.
É uma raça muito imatura: só a partir dos 4 / 5 anos estes cães começam a comportar-se como adultos.
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