CÃO DE ÁGUA PORTUGUÊS

Origem: Portugal – Algarve

Função de origem: Ajudante de pescadores, utilizado para resgatar os peixes que se soltavam dos anzóis e outros objetos que caíam ao mar.

História:. Em épocas muito remotas o Cão de Água existiu em todo o litoral português. O primeiro registo escrito sobre a sua presença em Portugal é de 1297, onde um monge o descreve com “pêlo comprido e preto, tosquiado até à primeira costela, e com um tufo na ponta da cauda”, o aspeto com que ainda hoje em dia muitos donos o apresentam. Entretanto, devido à modernização contínua dos métodos de pesca, a raça não se encontra só no Algarve que é tido como a sua região berço. A sua presença nas costas de Portugal remonta a épocas muito longínquas, e de vê-se considerar como uma raça portuguesa autóctone.

Temperamento: Muito energético, simpático, meigo, curioso, inteligente, procura muito agradar ao seu dono. É excelente com crianças e sociável com outras pessoas e animais. Compreende e obedece facilmente com prazer a todas as ordens do seu dono. É impetuoso, voluntarioso, corajoso, sóbrio e resistente à fadiga.

Variedades de pelagem: Há duas variedades de pelagem: uma comprida e ondulada e outra mais curta e encarapinhada. O pêlo comprido é um pouco lustroso e lanoso; o pêlo mais curto é denso, baço e forma mechas cilíndricas. À excepção das axilas e virilhas o pêlo é repartido de modo igual por todo o corpo.

As cores admitidas são o preto ou castanho nas diferentes tonalidades ou branco uniforme.

Patologias: Displasia da anca e com questões relacionadas com o aparelho visual, como é caso das cataratas e da atrofia progressiva de retina.

Cuidados estéticos: O pêlo do Cão de Água Português deve ser escovado frequentemente. Os ouvidos devem ser limpos após sessões de natação ou mergulho para evitar inflamações.

A tosquia parcial é típica para esta raça logo que o pêlo se torne muito comprido. Tosquiam-se estes cães atrás até meio do corpo bem como no chanfro e na cauda, deixando contudo um carrapito na ponta da cauda.

Curiosidades: É o cão português mais popular nos EUA, depois do Presidente Obama ter escolhido um exemplar, desta raça, para mascote da Casa Branca pelo facto de libertar menos pêlo comparativamente a outras raças, pois a sua filha Malia sofre de alergia ao pêlo dos cães.

Foi considerada no Livro do Guinness de 1981 a raça mais rara do mundo.

Consegue fechar as narinas e travar a respiração quando mergulha, mas expele ar para descompressão sempre que necessário.